RIO - Os duelos de pilotos no novo autódromo internacional do Rio, que será construído em Deodoro, ocorrerão no meio de um terreno cercado por grandes áreas verdes. Batizada de autódromo-parque pelo Ministério do Esporte e concebida para receber competições internacionais, inclusive de Fórmula-1, a pista foi projetada num vale cercado por encostas que serão reflorestadas. Além disso, estão previstas grandes áreas de escape gramadas nos cerca de 4,5km de extensão.
- Nós concebemos um traçado em forma de oito justamente por questões ambientais. Com essa limitação, fizemos um traçado que remete a trechos de outras pistas, como a Curva da Ferradura em Interlagos (São Paulo). E, assim como em Suzuka (Japão), haverá uma passagem de nível na pista - explicou o secretário nacional de Alto Rendimento do Ministério do Esporte, Ricardo Leyser.
Obras deverão ser concluídas no ano que vem
O terreno mede 2,1 milhões de metros quadrados, mas apenas 22% da área - em sua maioria trechos já desmatados - serão usados para construir o complexo. No projeto estão previstas também pistas para treinamento, um kartódromo e escritórios. A previsão do ministério é que as obras sejam iniciadas e concluídas no ano que vem.
A construção do complexo deve mobilizar até dois mil operários. O orçamento das obras, que serão feitas com recursos da União, ainda está sendo detalhado. A pista de Deodoro substituirá o Autódromo Nelson Piquet, que será desativado para dar lugar ao Parque Olímpico, complexo esportivo a ser erguido para as Olimpíadas de 2016. Por força de um acordo judicial, fechado na época dos Jogos Pan-Americanos de 2007 e que permitiu o uso de parte do Autódromo Nelson Piquet no evento, as obras do Parque Olímpico só podem começar após a confirmação da data de abertura de Deodoro.
A capacidade de público deverá chegar a 30 mil lugares fixos. Mas existe espaço para receber até 70 mil pessoas, com a montagem de arquibancadas provisórias, caso a cidade volte a receber a F-1.
- A gente quer conciliar o calendário das próximas temporadas com as obras, para evitar que o Rio fique sem um autódromo em funcionamento. O cronograma ainda será discutido com o Ministério do Esporte - disse o presidente da Federação Estadual de Automobilismo, Djalma Neves.
O projeto para Deodoro é bastante diferente de uma sugestão apresentada em 2010 pela federação, que previa a ocupação maior da área e causaria desmatamento. Djalma elogiou o projeto porque, assim como o traçado original do Autódromo Nelson Piquet, há trechos de alta velocidade que se alternam com pontos nos quais o piloto terá que reduzir.
O Jornal GLOBO teve acesso ao traçado ao consultar o processo do Ministério do Esporte para licenciamento ambiental da pista. Um trecho do documento mostra preocupação com a segurança do local escolhido para o autódromo.
O terreno, que hoje é ocupado por instalações do Exército, é cercado por 12 favelas onde ainda existe influência do tráfico. Segundo o documento, a Estrada do Camboatá, localizada na parte leste do futuro complexo esportivo, é "por vezes atravessada pelos chamados bondes do crime organizado", que disparam contra as instalações.
"Recomenda-se que prefeitura e estado negociem fórmulas para dotar as obras de policiamento externo", sugere um outro trecho do estudo.
Estudo alerta para risco de invasões do terreno
O estudo aponta a necessidade de remover construções irregulares junto ao muro do futuro autódromo, devido ao risco de invasões. E sugere ainda a urbanização da Favela do Muquiço. O relatório propõe também a construção de um acesso viário ao bairro, ficando a Estrada do Camboatá como uma via exclusiva para chegar ao autódromo.
Na sexta-feira, o ministério, através de sua assessoria de imprensa, afirmou que o relatório reflete uma situação atual e que o objetivo do autódromo de Deodoro é ajudar na revitalização econômica e social de uma área carente da cidade.
O autódromo será vizinho a outra instalação olímpica, ainda a ser construída: o X-Parque, área reservada para a prática de esportes radicais. O local vai receber, em 2016, as competições de canoagem e caiaque em corredeiras artificiais.
No mesmo tom de otimismo, Djalma Neves diz que a situação atual da área não o preocupa.
- O novo autódromo vai gerar empregos e trará melhorias para a região - disse.
Esta semana, a Comissão Estadual de Controle Ambiental (Ceca) dispensou a apresentação de estudos de impacto ambiental, porque o terreno fica numa região já urbanizada.
Fonte: O Globo
25 de set. de 2011
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